A ideia desse blog começou com 0 livro "O Clube do Filme", de David Gilmour, onde um rapaz desinteressado da escola é convidado pelo pai (crítico de cinema) a abandonar os estudos, desde que os dois assistissem juntos a pelo menos três filmes por semana. Minha esposa (na época namorada) Elaynne me presenteou com este livro, e decidimos fazer algo parecido: assistir a um filme por semana em casa.
Fizemos uma lista inicial de 36 filmes, sendo 18 escolhidos por mim e 18 por ela. Sorteamos um filme para assistir e já indicamos qual será o seu substituto na lista. Ou seja, isso não vai acabar nunca. Eu tomei a iniciativa de comentar os dois primeiros filmes que assistimos, daí criamos o hábito de comentar cada filme que assistimos, sendo que os meus filmes são comentados pela Elaynne e os dela, por mim.
Os comentários apresentam muitos spoillers. Por isso, se você gosta de surpresas, não vai gostar de ler nossos comentários. Se pra você tanto faz, ou se já assistiu aos filmes, aposto que vai se interessar em nossos comentários, mesmo que não concorde com todos.
Espero que curtam nosso interesse por cinema. Se gostou do blog, nos ajude a divulgar.

Carlos Henrique

28 janeiro, 2012

Perfume de mulher (Elaynne)

“No tango, se você errar, continue dançando”.
É uma frase interessante, principalmente se você analisar o contexto onde ela foi dita pela segunda vez.
A primeira vez que esta frase foi dita, foi no sentido literal mesmo, já que o Coronel Slade (uma interpretação digna de todos os prêmios possíveis de Al Pacino) tirou uma moça para dançar, e ela ficou com medo. Interessante ter sido o Coronel a dizer esta frase. Interessante e contraditório, pois ele não seguia esta filosofia. Pelo menos foi isso que ele mesmo percebeu quando Charlie repetiu esta frase pra ele, naquele instante de tensão no quarto do hotel.
Acredito que foi nesta hora, quando Charlie repetiu esta frase para o Coronel, que ele percebeu o quanto estava errado sobre a decisão que havia tomado de tirar sua vida. Deu tudo errado? A vida ferrou com tudo? Continue dançando, continue vivendo. O Coronel Slade sabia dançar tango muito bem, e deve ter repetido esta frase para muitas pessoas, mas nunca repetiu para si mesmo. No dia em que alguém falou pra ele, ele se tocou.
E como este filme toca a quem assiste, pela forma com que o roteiro expõe as misérias dos personagens! Quantos dilemas são tratados neste filme, de uma forma grosseira, até, já que o Coronel é uma pessoa grosseira, rude. Mas isto não significa que ele seja um mal educado, pelo contrário. Ele tem uma educação impar, e sabe valorizar as coisas boas da vida. Talvez por isto quisesse abreviar a vida, já que não tinha como admirar a beleza das coisas ao seu redor, principalmente a beleza das mulheres a quem ele tanto estimava. Qual a graça de viver sem poder contemplar a beleza da vida?
Só mesmo um jovem simples, de origem humilde, e com alguns dilemas pessoais relevantes, até, poderia devolver ao velho Coronel a alegria de viver, um motivo para continuar dançando. O Coronel se identificou com Charlie, com sua solidão, com seus problemas, e porque não, com sua ousadia? Afinal Charlie não dispensou o emprego, topou a viagem, aceitou demorar mais uns dias, e no fim das contas enfrentou o Coronel com uma arma apontada para ele.
O Coronel viu na possibilidade de ajudar o jovem uma razão a mais para ter esperança. E no fim, provou estar certo, afinal, ele poderia continuar sentindo a melhor sensação que ele poderia sentir, e que ele valorizava tão bem: o perfume de uma mulher. Quantas pessoas precisam conhecer um Charlie. Quantas pessoas precisam de uma experiência tão ou mais forte que a do Coronel, para perceber que, por maiores que sejam os problemas ou as dificuldades, sempre tem algo que vale a pena. As pessoas precisam de um Charlie pra dizer a elas que, se errar, continuem dançando.
Este é um filme que usou um cego para explorar o dilema moral de um jovem que não sabia se traía os colegas para ganhar uma oferta irrecusável ou se mantinha o combinado anteriormente e não entregaria ninguém, sob pena de ser expulso da escola, e usou um jovem estudante de origem humilde pra explorar o problema de um cego que, por conta da cegueira, não acreditava ter razão para viver. É como eu costumo dizer: nada está tão bom que não possa melhorar, nem tão ruim que não possa ficar pior. As coisas melhoraram e pioraram para os dois durante o decorrer da história. Mas um sabia exatamente como ajudar o outro, e assim os dois resolveram os problemas, e a dança da vida continuou para cada um.
Certamente que outros problemas irão surgir na vida de cada um, problemas novos, dilemas novos. Mas a experiência pela qual eles passaram juntos foi marcante em suas vidas. Em uma nova dificuldades, eles saberiam melhor como enfrentar. Caso não pudessem resolver, basta continuar dançando. E é assim que é vida. As coisas boas e as ruins não duram pra sempre. O que fica pra sempre é o efeito, as consequências, de cada uma delas, e estas a gente pode lidar.




23 janeiro, 2012

Sete vidas (Carlos)

É até clichê começar falando do ator, mas não tem como fazer uma crítica desse filme sem falar da atuação de Will Smitt, primeiro porque ele é um dos maiores atores dramáticos da atualidade, um drama com ele é quase garantia de sucesso, ele tem o dom de transformar seus personagens em pessoas reais de forma que nos prende e nos envolve na trama. E com Sete Vidas não foi diferente, muitas vezes sentimos raiva , outras pena, outras alegrias, torcia por ele, sorria com ele, sofria com ele...
Logo no começo do filme a vontade que se tem é de entrar na televisão e dar um murro nele, mandar ele calar a boca e quebrar o telefone, não da para imaginar como um ser humano é capaz de humilhar um cego daquela forma e aí ficamos imaginando quem é esse cara sem coração.
Logo depois começamos a ver que esse cara teve um sofrimento muito grande, perdeu sua esposa num acidente e por isso não via mais nenhum sentido para viver. Mesmo assim isso não explicaria toda a arrogância demonstrada por ele. Mas esse cara começa a mostrar um outro lado ele começa a ajudar as pessoas, a ser solidário, a procurar pessoas que precisam de ajuda e começamos a perceber que seu sofrimento vai alem do acidente, tem mais coisas envolvidas, isso só aumenta a dúvida de quem é esse cara.
A medida que se passam os acontecimentos percebemos o seu interesse, ele realmente não que mais viver, ele não vê motivo para isso, ele não se acha digno, mas por que? Será porque a sua razão de viver morreu? Porém ele começa a achar um outro motivo para viver e ele começa a perceber que pode se apaixonar novamente, amar novamente, mesmo assim percebemos que sua angústia não se acaba, deve ter mais coisas por trás de tudo isso.  Descobrimos que ele mente, ele falsifica e pega a profissão do irmão para se aproximar de certas pessoas.
No fim descobrimos quem é esse cara. Um mentiroso? Um falsificador? Um suicida? Sim ele é tudo isso, porém mais do que isso ele é um sofredor, uma pessoa que sentia amor, um cara carregado pela culpa de ter tirado sete vidas. Mesmo sem querer, num simples descuido, um grave acidente e sete vidas se foram, sete pessoas inocentes e ele no fim teve que se ver vivo e se perguntando por que ele não foi junto, porque ele? Para que sobreviveu? E ele mesmo encontra a resposta, ele viveu para poder salvar mais sete vidas, pode ser apenas dando uma visão ou ate dando o seu coração (literalmente). Ele mentiu por amor, ele deu a vida por amor, ele sofreu por amor e como diz Jesus em Jo 15:13 “ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus irmãos”. Tudo bem que foi por culpa, mas ele foi capaz de reconhecer a culpa e se redimir de uma forma não muito convencional, mas foi a forma que ele encontrou. Muitas pessoas talvez buscassem o dinheiro como forma de se sentir melhor, dando indenizações milionárias, porém ele preferiu dar uma nova oportunidade de vida para sete pessoas boas, de bom coração que com certeza iriam ajudar outras vidas.
Percebe-se então que ele nunca foi uma pessoa cruel a ponto de humilhar um cego, ele apenas queria saber se ele era digno de receber sua visão.
Se isso tudo que ele fez foi certo ou errado, não sou ninguém para julgar, mas foi a forma que ele encontrou de viver novamente e viver em paz.


18 janeiro, 2012

O silêncio dos inocentes (Elaynne)

Taí um filme que merece uma crítica bem feita.
E que merece também cada prêmio que recebeu, e talvez até os que tenha deixado de receber. Não é todo ano que um suspense policial é indicado ao Oscar de melhor filme. Quando isso acontece, e quando o filme ganha este prêmio, é porque tem que ser assistido por muitas pessoas. E quando junto ganha também o Oscar de melhor direção, tem que ser assistido com atenção.
E sobre os Oscar de melhor ator e atriz, dispensa comentários. A atuação de Jodie Foster é excepcional. Afinal de contas, se ela conseguiu o Oscar "concorrendo" com a atuação brilhante de Anthony Hopkins, é porque fez uma atuação memorável. Quanto a Hopkins, talvez o próprio ator considere esta a melhor atuação da sua carreira. E olha que ele tem muitos filmes bons, mas este é o raro exemplo de ter sido escolhido o ator certo para o personagem certo. São poucas as ocasiões que isso acontece. E quando acontece, sai um clássico como foi o Dr. Hannibal Lecter. A cena clássica deste filme, quando ele é levantado todo amarrado no aeroporto, com aquela máscara, já mostra uma grande atuação, mesmo sem falas, só com o olhar pertubador, a gente já percebe que é uma atuação digna de um mestre.
E o que dizer de um psiquiatra serial killer? Parece algo bem incomum. Mas com essa ocupação ele teria tudo pra ser o serial killer perfeito. Um médico renomado, extremamente culto, conhecedor de diversas culturas e lugares diferentes. Acima de qualquer suspeita. O melhor de tudo é que mesmo com seus crimes brutais ele não perdeu nada do seu conhecimento, que é aquilo que o torna diferente de qualquer outro assassino. Ele chega até a ser charmoso ou encantador, quando está falando sobre os assuntos que conhece.
E quando começa a exercer suas habilidades como psiquiatra, percebe-se que estamos diante de alguém que sabe como poucos desvendar mistérios da mente humana. Principalmente quando ele fala sobre uma mente tão doente quanto a sua própria mente, que é Bufallo Bill. É claro que ele tem conhecimento suficiente pra falar sobre Búfalo, pois o próprio Dr. Lecter também é um assassino em série. Sem contar que o parceiro de Bufallo foi paciente do Dr. Lecter alguns anos antes, o que ajudou bastante para que o Dr. pudesse traçar o perfil do assassino, o que ele procurava com suas vítimas.
Me pergunto até que ponto o Dr. Lecter merece ser chamado de doente. Afinal de contas, apesar de não demonstrar arrependimento pelos assassinatos cometidos, ele não é definitivamente uma pessoa desequilibrada. Muito provavelmente, se lhe fosse permitido, poderia consultar os pacientes de dentro da sua cela, com toda capacidade de um psiquiatra renomado que é. É um homem que mantém sua palavra, preza pela sinceridade, e mantém um auto-controle bem mais preciso de que muitas pessoas consideradas normais.
Entrar na mente de um serial-killer não é fácil. Só mesmo um serial-killer poderia fazer isso. E só um serial-killer do nível de inteligência do Dr. Lecter poderia fazer isso com precisão, passando confiança. E só mesmo um ator com a competência de Anthony Hopkins pra fazer um papel tão brilhante, que marcou a história do cinema. Apesar de ser um assassino frio, quem assiste O silêncio dos Inocentes acaba no final tendo uma simpatia pelo Dr. Hannibal. Talvez seja o psicopata escondido em nosso subconsciente. Ou talvez seja mesmo o reconhecimento devido a um artista (Hopkins) que soube fazer de sua arte (Hannibal) um tributo à inteligência. 




14 janeiro, 2012

Encurralado (Carlos)

O primeiro longa do grande Steven Spielberg e que começo... A expressão "começou com chave de ouro" não poderia ter sido melhor. Olhando bem o enredo não daríamos nada por ele, afinal o que tem de mais numa perseguição de um caminhão a um carro? Nada de mais realmente, se o diretor não fosse Steven Spielberg. O caminhão consegue ganhar vida, tem momentos que a gente ateéesquece que tem uma pessoa pilotando, acho que ate por isso ele nem se importou em desvendar a pessoa que estava atrás do volante, afinal o personagem era o caminhão, todo o mistério envolvendo o caminhão consegue prender a atenção do começo ao fim do filme, sempre fica a duvida o porque da perseguição?
Será se ele é louco? Será que ele estava apenas se divertindo? Ou será que era algum inimigo do David Mann? O fim do filme não responde nenhuma dessas perguntas, o mistério continua e só resta a nós imaginar. E isso torna o filme mais interessante. Para mim a partir desse filme Spielberg mostra pra que veio, exatamente para transformar simples coisas em grandes, fazer um grande filme com coisas que parecem impossíveis... dar vida a coisas, animais, ets, seja lá o que for, de uma forma que você acredita ser possível, ele realmente consegue transformar uma ficção em realidade.
Ë claro por ser o primeiro ainda não seria o melhor e nem perfeito a ponto de se tornar o melhor filme de todos os tempos, mas é um filme pra marcar sim. Suas narrações deram uma ar meio estranho, os comentários não eram muito interessantes e acabava com uma cena aquela vozinha ao fundo, mas pra época talvez fosse um grande marco.
David em certo momento começa a entrar na “brincadeira”, e o final não poderia ter sido melhor, ele ali parado olhando o seu premio, com aquele risinho de vencedor, afinal foi assim que ele se sentiu ao conseguir derrotar o caminhão, nem se preocupou em querer saber quem estava por trás dele, ele já tinha a vitoria nas mãos, só queria saboreá-la.
Não se sabe se a intenção do caminhão era matar David ou simplesmente pertubá-lo, mas se essa e as outras questões não foram respondidas no fim é exatamente porque elas não tem importância, O grande lance do filme é ação, perseguição, a emoção e o suspense. E se essa era realmente a intenção do filme ele conseguiu muito bem.
Se tivesse que escolher uma cena seria a do ônibus naquele momento que o caminhão o ajuda a sair. Porque essa cena? Será para mostrar um pouco de humanidade no homem ao volante do caminhão? Ou seria apenas mais uma forma de provocar David? O interessante é que essa cena foi colocada só depois para tornar o filme mais longo.
E uma lição que tiraria desse filme seria o fato de sermos sempre tão pequenos diante de uma máquina, associaria esse filme a tempos modernos, pelo fato de imaginar como uma máquina é capaz de nos deixar malucos.




12 janeiro, 2012

A mosca (Carlos)


Já vi que não tenho escolha então é bom começar logo com essa critica rsrsrsrs,  "esse filme é muito chato, sem graça, mal feito e nojento" conhece essa frase? pois é mas dessa vez não é brincadeira.... Mas também não vou ser tão radical assim, o filme é nojento e sem muito objetivo, porem não ter historia é bem típico de filmes de Terror, eles não precisam de historia mesmo, porem acho que essa é a unica característica que o leva a ser classificado como terror, ele não é um clássico do terror, ele é nojento, o que é muito diferente.
Eu era capaz de classificá-lo mais como um romance... Quanto ao muito chato é exagero. É um filme que dá para assistir sem dormir sim, não é cansativo, nem monótono, e uma coisa dessa frase que nao posso concordar é o mal feito, pois isso é uma critica que nao pode ser feita, o filme é bem feito quando se fala no aspecto de maquiagem e da transformação do Brundle em mosca, realmente cada estágio é impressionante, cada detalhe que eles pensaram, cada músculo caindo... Nisso o filme foi muito bom. 
Nao poderia falar desse filme sem falar do amor de Veronica por Brundle, realmente é impressionante, principalmente porque foi tão pouco o tempo que ela passou com ele, e ela foi capaz de estar ao seu lado no pior momento da vida  dele. Isso só demonstra uma coisa que a gente acredita e falamos um ao outro desde o começo, o tempo nao é tao importante quando se fala de amor e claro do amor dele por ela. Mesmo depois de tudo que passou ele foi atras dela para salvar o fruto desse amor, ele mostrou que ainda tinha sentimento mesmo depois de tudo que passou, claro que com um pouco de loucura, afinal fazer o pedido que ele fez no final para eles se fundirem foi desespero, porem ele se redimiu quando implorou para ela acabar com sua vida (se é que podia chamar de vida).
Mas uma coisa a se comentar é a questão da busca insensata pela glória dos cientistas, muitas vezes eles pesquisam coisas e nao conseguem medir as conseqüências, eles ficam cegos com a possibilidade de fazer uma grande descoberta e acabam antecipando os processos sem fazer as devidas análises. A humanidade não sabe esperar, esse é o maior problema e esse filme é de 1986 e o que mudou daquela época pra cá??? 
Para mim nada. Muitas pesquisas continuam por ai sem as devidas proteções e depois de um tempo descobrem que nao faz bem, que alguma coisa não dá certo... e o que acontece com essas pessoas??? Nada. Essa talvez seja a diferença do filme para a realidade, geralmente os cobaias não são os cientistas e sim pessoas inocentes. Não tô criticando as pesquisas, pelo contrario, sempre me motivei muito pelas descobertas, pelas buscas de soluções e foi exatamente isso que me motivou a fazer farmácia, porem acho que pesquisa é algo muito serio mas acontecer da noite pro dia... um bom cientista ãbusca a glória e sim o bem, o melhor para as pessoas.
Acho que essa vai ser a menor critica que ja fiz mas tudo bem acabei fazendo mais do que imaginava, quando a gente começa a escrever nao consegue mais parar rsrsrsrs.
ate as próximas então, ja que vao ser minhas mesmo.



09 janeiro, 2012

Antes só do que mal casado (Elaynne)

Sinceramente, esse filme é muito chato, sem graça, mal feito e nojento, pra terminar....
Ahhh, te peguei, hein.... Precisava ver a sua cara... hehehehehe
Só pra usar uma piadinha do filme mesmo, pq tirando a parte do nojento (que é verdade) o filme é muito bom.
Ben Stiler sabe fazer filmes de comédia muito bem, principalmente quando ele tem que fazer papel de atrapalhado, confuso. Isso ele sabe fazer como ninguém, e neste filme não é diferente. Afinal um cara que se deixa ser pego numa mesa cheia de crianças deve ser mesmo atrapalhado. E confuso, isso nem precisa falar.
A história do filme também é bacana. Não estar casado já aos quarenta anos é motivo para deixar qualquer pessoa inquieta, mas não é o caso de Eddie, que decide encarar o casamento mais por pressão do pai e amigo do que por vontade própria. E como pesa a pressão da família numa decisão dessas. Então, de repente, um cara solteirão encontra por acaso uma pessoa que parece ser uma maravilha. Por que não? Casam-se.
Só que a pergunta a ser feita era "Porque casar?" Eddie até chegou a pensar nisso, a ponderar, mas como a pressão era muita, ele acabou por se deixar levar, afinal de contas, o que poderia ter de mais em se casar? Nada poderia dar errado, não com aquela pessoa.
Mas como nem sempre o que parece é, as decepções vieram. Mas no caso de Eddie, vieram bem mais cedo do que ele esperava, ainda na lua de mel. E junto com as decepções, o inesperado. Uma pessoa bem mais interessante, bem mais ao gosto do Eddie. Mas agora ele já estava casado. Nossa!!! Eu até sei o que deve ter passado na cabeça do Eddie naquele momento, e como sei, rsrsrsrsrs.
Mas não tem jeito. Quando uma coisa não tem como dar certo, ela não dá, por mais que se tente. E quando se escolhe uma pessoa para se casar, é para os próximos 40 ou 50 anos. Tem-se realmente que amar uma pessoa para querer passar tanto tempo assim ao lado dela, e só com ela, com mais ninguém. Não era mesmo o caso. E apesar de todas as confusões e mal entendidos que aconteceram, no fim das contas Miranda também percebeu isso, após casar-se com Cal.
E afinal de contas, sendo a velha comédia romântica, no final eles tinham que ter a chance de ficar juntos, não é verdade? Mas aí, devido ao Eddie ser muito atrapalhado e confuso, como falei, não vai ser tão fácil assim eles ficarem juntos, de novo. Afinal, Eddie estava com vida nova, mas com velhos problemas, rsrsrsrs.
Só sei que não desejo a experiência que Eddie passou para mais ninguém. Até porque se não cheguei a passar por uma experiência igual, foi bem parecida. A confusão que se faz na cabeça do cara é de dar dó. Mas é como eu gosto de dizer: no final tudo dá certo, se ainda não deu certo é porque ainda não é o final. Claro, como o filme mostra, como minha experiência me mostrou, a gente tem que fazer alguma coisa, não dá pra ficar esperando as coisas se acertarem sozinhas.
Essa é a parte mais difícil, mas depois que se toma uma decisão, e o peso sai das costas, o alívio é enorme. E a sensação de poder recomeçar é muito boa. Melhor ainda quando há alguém que nos ajude neste recomeço, como você fez comigo. Não há nada melhor do que saber que ao seu lado há alguém com quem você possa contar sempre. Adoro o fato de saber que tenho você ao meu lado, e com você o filme poderia ser "Casados, antes tarde do que nunca", rsrsrsrsrs..... Quem sabe alguém não faz um filme com esse nome?


08 janeiro, 2012

Casablanca (Carlos)


"Um dos melhores filmes de todos os tempo", dizer isso sairia de mim um pouco falso, já vi muitos filmes semelhantes, melhores, piores... mas isso é muito relativo afinal se voce olhar por um lado esse é realmente um grande filme, pois consegue falar de uma parte da historia, onde muitas pessoas queriam fugir da Europa ocupada pelos nazistas e ir para o novo mundo (Estados Unidos), de uma forma inteligentemente metafórica e ainda colocar um conteúdo romântico e dramático.
Ela conta a historia de uma cidadizinha do Marrocos Francesa, chamada Casablanca que vive no conflito da época em relação ao nazistas, e ela acaba funcionando como uma rota de fuga e como um sonho de conseguir o sonhado visto (letter of transit) para Lisboa e de lá conseguir chegar de navio para a America. Porém conseguir esse visto nao é nada facil e na maioria das vezes só atraves do mercado negro.
No meio de toda esa confusão existe o bar do Rick, um lugar altamente neutro, frequentado por todo tipo de pessoas e gerenciado por Rick, um homem totalmente frio, que não queria confusão com a policia, sua vida era aparentemente seu bar, fazia qualquer acordo e não mostrava interesse em ajudar ninguem, porém toda essa sua frieza foi explicada quando ele ouviu Sam cantar "As time goes by" e encontrar Sam na mesa de uma mulher que ele tanto amou e ainda ama.
A partir desse momento consegue-se entender toda a vida dele e foi a partir desse encontro que ele foi capaz de fazer uma boa ação. O amor é assim mesmo, capaz de transformar as pessoas as vezes para melhor, as vezes para pior e isso ficou bem visivel com Rick.
Ilsa foi um amor que ele encontrou em Paris e num certo dia ela aparece com seu marido Lazlo, lider da revolução theca, no bar do Rick, ironia do destino com tantos bares no mundo porque ela teria que ir logo para esse?? Porém o destino ainda estava longe de estar satisfeito. Lazlo queria fugir com sua esposa e claro que nao iria conseguir nada com a policia local, so lhe restava o mercado negro e o unico que poderia lhe vender os vistos tinha sido morto, mas antes de morrer entregou essas cartas exatamente para Rick e que agora teria que viver esse dilema entregar ou nao a liberdade para  a mulher que tanto o maltratou....
O que se pode perceber nesse filme é que é um triangulo amoroso muito complicado afinal Ilsa amava Rick e ele tambem a ela. lazlo amava sua esposa porém quando questionado se a deixaria para fugir ele disse que sim. Ela nunca disse que o amava, porem foi capaz de se oferecer para conseguir a liberdade dele, talvez por estar tao confusa ela deixou essa decisao na mão de Rick, o destino dos três estaria com ele. E ele optou pela liberdade dos dois na America....
Se essa foi a decisao correta nao tem como saber, porem isso so mostrou que Rick ainda era capaz de pensar nos outros e Ilsa que roubou isso dele foi quem trouxe de volta junto com a canção "as time goes by".... "Com o passar do tempo"
O amor é assim capaz de transformar as pessoas....
Com o passar do tempo
Este dia e era em que vivemos 
Dão motivos a apreenções
Com velocidade e novas invenções 
e coisas como quarta dimensão
que já estamos cansados 
com a teoria de Einstein
Assim, decemos por os pé no chão as vezes 
Relaxar da tensão
E sem preocupar-se com o progresso 
Ou o que po já ser provado
Os simples fatos da vida são assim 
Eles não podem ser removidos
 Você deve lembrar disto 
Um beijo é apenas um beijo
Um suspiro é apenas um suspiro 
As coisas fundamentais ocorrem
com o passar do tempo 
E quando dois amantes se desejam
Eles ainda dizem: Eu te amo 
E nisso vecê pode acreditar
Sem se preocupar com o que o futuro trouxer 
Com o passar do tempo
 A Luz da lua e as músicas de amor 
Nunca fora de moda
 Corações cheios de paixão  
Ciúme e ódio
Mulheres precisam de homens 
e homens devem ter seu par
Que ninguém pode negar 
É ainda a velha história
Uma luta por amor e glória
Um caso de fazer ou morrer
O mundo sempre acolherá os amantes 
Com o passar do tempo.
  
A letra da música poderia resumir bem o filme e todos os filmes romanticos afinal é a ainda a velha historia, os anos podem se passar mas o Amor nunca sai de moda e com o passar do tempo é que se descobre tudo. Talvez por isso Rick confiou no amor de Lazlo e Ilsa, afinal o memento deles foi Paris e no fim das contas eles "sempre teriam Paris".
PS: " Eu te amo e nisso voce pode acreditar" "um beijo é apenas um beijo" e "as coisas mais fundamentais da vida ocorrem com o passar do tempo". 







Duplicidade (Elaynne


Duplicidade.....
Tinha que ser um filme com este nome para assistirmos em dois dias, rsrsrsrsrs.... coincidência???
Filmes sobre ladrões são dos melhores roteiros que há, na maioria das vezes. E na maioria das vezes, ou sempre, a gente torce pelos ladrões. E na maioria das vezes os ladrões conseguem atingir seus objetivos. Este filme está na minoria. A gente torce pelos ladrões, como sempre, mas eles falham.
É só um filme sobre ladrões? Não. Acho que está mais para um filme sobre cumplicidade, parceria e confiança. Tudo o que realmente um casal precisa para fazer planos e atingir objetivos. 
Havia cumplicidade entre os dois personagens? Sim. Literalmente falando, rsrsrsrs.... Eles eram cumplices de um crime, mas além disso, havia cumplicidade em seus pensamentos, em suas idéias. Até quando um procurava testar o outro era uma forma de cumplicidade entre os dois. Eles falavam a mesma língua.
Havia parceria. E como havia. Parceiros para todas as horas, onde por mais que a idéia de ser traído por um passasse na mente do outro, logo era descartada. Pois eles estavam juntos naquilo. E para um bom plano poder dar certo, nada melhor que um bom parceiro.
Havia confiança. Claro que havia. Em alguns momentos nem parece, mas havia confiança sim. Eles sabiam que eram ladrões, mentirosos, que tinham de representar em público, mas entre eles havia sinceridade. Um sabia dos defeitos dos outros. Os dois se conheciam muito bem. E se amavam mesmo assim. E não é essa uma forma de amar de verdade? Já vi em algum lugar que quando você ama uma pessoa, você continua amando mesmo conhecendo essa pessoa totalmente. (Quanto a mim, acho que não te amo apesar de te conhecer bem, e sim te amo porque te conheço bem, e quanto mais te conheço, mais eu amo você. Amo você completamente, com tudo o que isso implica).
E então? Se havia confiança, cumplicidade, parceria, um bom plano, porque não deu certo?
Porque aí seria igual a mais um filme de ladrões que já foram feitos, não é? Não seria "Duplicidade". 
Talvez o mais importante não seja o plano dar certo ou não. O mais importante seja a forma como se chegou até o final. O que foi preciso fazer para se chegar ao objetivo, o que foi preciso abrir mão, as experiências e troca de experiências durante a execução do plano. Se o plano falhou, paciência. Outros virão. Mas o que esta experiência deixou aos dois não pode ser tirada deles por nada.