A ideia desse blog começou com 0 livro "O Clube do Filme", de David Gilmour, onde um rapaz desinteressado da escola é convidado pelo pai (crítico de cinema) a abandonar os estudos, desde que os dois assistissem juntos a pelo menos três filmes por semana. Minha esposa (na época namorada) Elaynne me presenteou com este livro, e decidimos fazer algo parecido: assistir a um filme por semana em casa.
Fizemos uma lista inicial de 36 filmes, sendo 18 escolhidos por mim e 18 por ela. Sorteamos um filme para assistir e já indicamos qual será o seu substituto na lista. Ou seja, isso não vai acabar nunca. Eu tomei a iniciativa de comentar os dois primeiros filmes que assistimos, daí criamos o hábito de comentar cada filme que assistimos, sendo que os meus filmes são comentados pela Elaynne e os dela, por mim.
Os comentários apresentam muitos spoillers. Por isso, se você gosta de surpresas, não vai gostar de ler nossos comentários. Se pra você tanto faz, ou se já assistiu aos filmes, aposto que vai se interessar em nossos comentários, mesmo que não concorde com todos.
Espero que curtam nosso interesse por cinema. Se gostou do blog, nos ajude a divulgar.

Carlos Henrique

17 fevereiro, 2014

O morro dos ventos uivantes (Carlos)

Eu esperava mais do filme, afinal sempre ouvi falar muito dele e acho que fui com muita expectativa. Não que o filme seja ruim, mas é muito cansativo, deixa a desejar em algumas coisas e sinceramente pelo filme não senti vontade nenhuma de ler o livro, porém espero sinceramente que o livro seja melhor e apenas a adaptação tenha sido ruim.
"O morro dos ventos uivantes"  fala de um amor impossível entre Catherine Earnshaw e o cigano Heathcliff, que foi trazido pelo pai de Catherine e criado como seu irmão. Porém essa proteção gera ciúme de Hindley Earnshaw, seu irmão verdadeiro que, após a morte do pai, faz de Heathcliff seu empregado e o trata com desprezo e crueldade.
O tema central desse filme talvez seja o mundo das paixões obsessivas e em particular a de Heathcliff que, depois do casamento de sua amada, foge e junta dinheiro apenas com um objetivo: voltar e buscar a vingança, fazer com que todos sofram. Para isso não mede esforços e não é capaz de poupar ninguém e isso o deixa cego a tão ponto de não ver o amor de Catherine por ele.
No meu ponto de vista o que Heathcliff sentia não era amor, pois vendo o conceito de amor em I Coríntios 13: 


"O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1 Coríntios 13:4-7"

O amor não geraria esse desejo de vingança e nem essas maldades, pois ele é sofredor, porém mesmo sofrendo não deseja o mal, não se irrita, não busca seus interesses. Como disse no começo, é uma paixão desmedida.
Mas se uma coisa tem que ser elogiada nesse filme foi a atuação de Heathcliff, ele conseguiu transmitir toda a angústia e pertubação do seu personagem, o que não pode-se ver muito em Catherine.
Por fim acho que por essas e outras que o filme, apesar de ter sido indicado a oito Oscar, incluindo o de melhor filme do ano, levou somente a estatueta de melhor fotografia em preto-e-branco.
Bati o recorde de menor comentário rsrsrsrs, porém acho que o sono ajudou também.