A ideia desse blog começou com 0 livro "O Clube do Filme", de David Gilmour, onde um rapaz desinteressado da escola é convidado pelo pai (crítico de cinema) a abandonar os estudos, desde que os dois assistissem juntos a pelo menos três filmes por semana. Minha esposa (na época namorada) Elaynne me presenteou com este livro, e decidimos fazer algo parecido: assistir a um filme por semana em casa.
Fizemos uma lista inicial de 36 filmes, sendo 18 escolhidos por mim e 18 por ela. Sorteamos um filme para assistir e já indicamos qual será o seu substituto na lista. Ou seja, isso não vai acabar nunca. Eu tomei a iniciativa de comentar os dois primeiros filmes que assistimos, daí criamos o hábito de comentar cada filme que assistimos, sendo que os meus filmes são comentados pela Elaynne e os dela, por mim.
Os comentários apresentam muitos spoillers. Por isso, se você gosta de surpresas, não vai gostar de ler nossos comentários. Se pra você tanto faz, ou se já assistiu aos filmes, aposto que vai se interessar em nossos comentários, mesmo que não concorde com todos.
Espero que curtam nosso interesse por cinema. Se gostou do blog, nos ajude a divulgar.

Carlos Henrique

15 abril, 2013

O resgate do soldado Ryan (Carlos)


Tenho que concordar com muitos... é um dos melhores filmes de guerra já produzidos. Primeiro porque ele retrata perfeitamente todas as cenas, e segundo porque  ele mostra um lado humanístico e solidário da guerra. Timothy Upham diz a um soldado que está escrevendo (essa parte não me lembro bem) sobre as relações humanas entre os soldados. Ele não poderia ter tido experiencia melhor para isso.
O filme destaca a Batalha da Normandia durante a Segunda Guerra Mundial. Logo de cara nos mostra uma cena de guerra como poucas que vemos, o ataque na praia de Omaha. Essa cena nos prende e nos leva a crer que estamos vendo uma guerra de verdade, o sangue no mar, os soldados sendo baleados dentro do mar, as mortes... foi tudo uma aula de direção e fotografia, não é a toa que essa cena foi votada a "melhor cena de batalha de todos os tempos" pela revista Empire, além de ter sido classificada na primeira posição da lista do TV Guide dos "50 Maiores Momentos do Cinema".
Uma coisa interessante que descobri sobre o filme é que Rodat resolveu escrever a história apos ver um monumento dedicado a quatro filhos de Agnes Allison mortos na Guerra Civil Americana. Isso faz com que a historia seja ainda mais real. Porém ao fazer o filme ele resolve dar um final diferente a essa realidade.
O chefe ao perceber que 3 irmãos Ryan morreram no combate e um quarto ainda pode estar vivo em algum lugar da França resolve mandar o Capitão John H. Miller e sete homens em uma missão de resgate a este único soldado. Todos os soldados chamados para essa missão ficam se perguntando porque a vida desse rapaz vale mais que a deles oito, como até se é questionado no filme, todos eles têm uma mãe para chorar por eles.
E esse talvez seja o grande embate do filme. A cada morte de um do grupo as dúvidas aumentam. Finalmente, depois de vários contra-tempos, eles encontram Ryan vivo, junto com outros sobreviventes. Aí vem o ápice do filme. Ao ser informado da morte dos irmãos, Ryan se recusa a abandonar seu posto, e dá uma verdadeira aula de solidariedade e companheirismo, pois qualquer um queria estar no lugar dele e sair daquele inferno e ir para sua casa.
Ele ganhou esse presente e se recusou, pois sua missão era proteger aquela ponte junto com seus irmãos, como ele mesmo fala. Miller se vê num dilema: ir embora para sua casa com a a missão incompleta e talvez ficar se pensando o resto de sua vida na vida daquele rapaz, ou ficar e ajudar os soldados a guardar a ponte frente a um iminente ataque alemão.
Demostrando mais uma vez a solidariedade dos soldados ele fica e comanda aquela defesa, sempre buscando proteger Ryan. No fim, a grande frase que fica para Ryan é "Faça por merecer". Ryan fica sempre com essa frase na cabeça e tentando fazer sempre o melhor para  fazer por merecer todas aquelas mortes para salvar a dele. Essa é grande lição do filme. Acho que todos nós deveríamos sempre pensar assim para podermos sempre fazer o bem, é claro que não foram muitos pessoas que morreram para nos salvar, porem Cristo fez isso a muitos anos atras e por isso temos que agradecer todos os dias e pensar nessa frase "Faça por merecer".