A ideia desse blog começou com 0 livro "O Clube do Filme", de David Gilmour, onde um rapaz desinteressado da escola é convidado pelo pai (crítico de cinema) a abandonar os estudos, desde que os dois assistissem juntos a pelo menos três filmes por semana. Minha esposa (na época namorada) Elaynne me presenteou com este livro, e decidimos fazer algo parecido: assistir a um filme por semana em casa.
Fizemos uma lista inicial de 36 filmes, sendo 18 escolhidos por mim e 18 por ela. Sorteamos um filme para assistir e já indicamos qual será o seu substituto na lista. Ou seja, isso não vai acabar nunca. Eu tomei a iniciativa de comentar os dois primeiros filmes que assistimos, daí criamos o hábito de comentar cada filme que assistimos, sendo que os meus filmes são comentados pela Elaynne e os dela, por mim.
Os comentários apresentam muitos spoillers. Por isso, se você gosta de surpresas, não vai gostar de ler nossos comentários. Se pra você tanto faz, ou se já assistiu aos filmes, aposto que vai se interessar em nossos comentários, mesmo que não concorde com todos.
Espero que curtam nosso interesse por cinema. Se gostou do blog, nos ajude a divulgar.

Carlos Henrique

15 março, 2013

O anjo malvado (Carlos)


O anjo malvado tem uma grande atuação de Macaulay Culkin, se não a melhor, ele interpreta Henry Evans com uma personalidade incrível, foi capaz de interpretar um psicopata como poucos e ele era só uma criança. A tradução do titulo para português foi uma das poucas que já vi que ficou melhor que o original, afinal “The Good Son”, convenhamos, não tem muito a ver. Talvez fosse uma forma apenas de iludir as pessoas também no começo do filme.
O anjo malvado trouxe ao filme uma intriga maior, afinal anjos são bons. Como pode existir um anjo mal? Penso nesse titulo como se toda criança fosse uma anjo, pois toda criança é pura e então como pode existir uma criança má? Essa é a grande questao do filme. Mark Evans, que é primo de Henry, começa a perceber toda a maldade do primo e tenta alertar a todos sobre isso, mas quem acreditaria numa criança que tinha acabado de passar pelo grande trauma de perder a mãe? Além disso quem acreditaria que uma criança fosse capaz de fazer tamanhas maldades?
No desenrolar do filme você percebe que Henry é um garoto muito inteligente e perspicaz e usa essas sua habilidades para enrolar as pessoas. Ele demonstra ser uma pessoa fria e calculista que não sente remorso de nada, mata sem motivos aparentes, só para fazer o mal, características de um grande psicopata. Muitas vezes durante o filme ele demonstra que faz tudo pelo simples fato de querer o amor da família só para ele, talvez por isso tenha matado seu pequeno irmão.
O filme não diz, porém entende-se, que essa foi a primeira grande maldade dele, e esse seu egoismo e ciumes são confirmados na cena em que sua mãe encontra o patinho de borracha e ele diz que esse patinho sempre foi dele, e também na cena que ele vê sua mãe consolando Mark. Talvez por isso que com a chegada de Mark suas maldades começam a aumentar. Ele procurava sempre uma forma de todos acharem que Mark estava louco.
Dizem que psicopatas não têm motivo nenhum para matar. No meu ponto de vista não vejo dessa forma, se pensarmos assim acreditaremos sempre que não tem cura e continuaremos a tratar pessoas com doenças psicológicas apenas com remédios, sem entender a causa. Henry sempre deve ter sido um garoto egoísta e possessivo e alguns acontecimentos levaram com que essas características fizessem dele um psicopata. Talvez se seus pais tivessem percebido isso no começo, ele não tivesse feito tantas maldades.
Enfim o roteiro do filme é todo muito bom e cheio de suspense, dessa forma o final não poderia ser diferente e até angustiante, vê uma mãe tendo que decidir entre a vida de um filho que tentou matá-la e de um sobrinho que tentou salvá-la e para piorar ainda a decisão cruel essa mãe já tinha sentindo a dor de perder um filho e, por pior que fosse Henry, ele era seu filho... Mark no fim se pergunta: será que se ela pudesse voltar atrás teria tomado a mesma decisão? Essa para mim é a grande questão do filme, mas o fato é que nunca podemos voltar atrás e temos que viver para sempre com nossas escolhas. 



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