A ideia desse blog começou com 0 livro "O Clube do Filme", de David Gilmour, onde um rapaz desinteressado da escola é convidado pelo pai (crítico de cinema) a abandonar os estudos, desde que os dois assistissem juntos a pelo menos três filmes por semana. Minha esposa (na época namorada) Elaynne me presenteou com este livro, e decidimos fazer algo parecido: assistir a um filme por semana em casa.
Fizemos uma lista inicial de 36 filmes, sendo 18 escolhidos por mim e 18 por ela. Sorteamos um filme para assistir e já indicamos qual será o seu substituto na lista. Ou seja, isso não vai acabar nunca. Eu tomei a iniciativa de comentar os dois primeiros filmes que assistimos, daí criamos o hábito de comentar cada filme que assistimos, sendo que os meus filmes são comentados pela Elaynne e os dela, por mim.
Os comentários apresentam muitos spoillers. Por isso, se você gosta de surpresas, não vai gostar de ler nossos comentários. Se pra você tanto faz, ou se já assistiu aos filmes, aposto que vai se interessar em nossos comentários, mesmo que não concorde com todos.
Espero que curtam nosso interesse por cinema. Se gostou do blog, nos ajude a divulgar.

Carlos Henrique

08 janeiro, 2012

Duplicidade (Elaynne


Duplicidade.....
Tinha que ser um filme com este nome para assistirmos em dois dias, rsrsrsrsrs.... coincidência???
Filmes sobre ladrões são dos melhores roteiros que há, na maioria das vezes. E na maioria das vezes, ou sempre, a gente torce pelos ladrões. E na maioria das vezes os ladrões conseguem atingir seus objetivos. Este filme está na minoria. A gente torce pelos ladrões, como sempre, mas eles falham.
É só um filme sobre ladrões? Não. Acho que está mais para um filme sobre cumplicidade, parceria e confiança. Tudo o que realmente um casal precisa para fazer planos e atingir objetivos. 
Havia cumplicidade entre os dois personagens? Sim. Literalmente falando, rsrsrsrs.... Eles eram cumplices de um crime, mas além disso, havia cumplicidade em seus pensamentos, em suas idéias. Até quando um procurava testar o outro era uma forma de cumplicidade entre os dois. Eles falavam a mesma língua.
Havia parceria. E como havia. Parceiros para todas as horas, onde por mais que a idéia de ser traído por um passasse na mente do outro, logo era descartada. Pois eles estavam juntos naquilo. E para um bom plano poder dar certo, nada melhor que um bom parceiro.
Havia confiança. Claro que havia. Em alguns momentos nem parece, mas havia confiança sim. Eles sabiam que eram ladrões, mentirosos, que tinham de representar em público, mas entre eles havia sinceridade. Um sabia dos defeitos dos outros. Os dois se conheciam muito bem. E se amavam mesmo assim. E não é essa uma forma de amar de verdade? Já vi em algum lugar que quando você ama uma pessoa, você continua amando mesmo conhecendo essa pessoa totalmente. (Quanto a mim, acho que não te amo apesar de te conhecer bem, e sim te amo porque te conheço bem, e quanto mais te conheço, mais eu amo você. Amo você completamente, com tudo o que isso implica).
E então? Se havia confiança, cumplicidade, parceria, um bom plano, porque não deu certo?
Porque aí seria igual a mais um filme de ladrões que já foram feitos, não é? Não seria "Duplicidade". 
Talvez o mais importante não seja o plano dar certo ou não. O mais importante seja a forma como se chegou até o final. O que foi preciso fazer para se chegar ao objetivo, o que foi preciso abrir mão, as experiências e troca de experiências durante a execução do plano. Se o plano falhou, paciência. Outros virão. Mas o que esta experiência deixou aos dois não pode ser tirada deles por nada.



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